Por mais que a tecnologia de rastreamento esteja diretamente associada a setores comerciais de varejo e residências inteligentes, essa tecnologia também ajuda a salvar vidas. A recuperação de pacientes em hospitais, por exemplo, depende de tratamentos, intervenções cirúrgicas e agilidade no atendimento – e, claro, das boas práticas de higiene por parte dos médicos, enfermeiros e instrumentistas cirúrgicos.
Apesar de anos de alerta sobre mortes e doenças por infecções adquiridas em hospitais, muitos profissionais continuam negligenciando a limpeza das mãos, o principal foco de algumas infecções.
Centenas de milhões de pacientes são infectados por este motivo a cada ano, incluindo 7% dos pacientes hospitalares em países desenvolvidos e 10% em países em desenvolvimento conforme a Organização Mundial da Saúde. Uma das etapas mais importantes para corrigir a falha é garantir que os profissionais de saúde sempre limpem as mãos antes de interagir com um paciente.
Marcelo Lonzetti, CMO da ztrax, empresa representante exclusiva da QUUPPA, explica que, em média, os profissionais de saúde limpam as mãos menos da metade das vezes que deveriam:
“Os profissionais de saúde podem precisar limpar as mãos até 100 vezes por turno de 12 horas, e esse volume pode ser maior dependendo do número de pacientes e da intensidade dos cuidados”.
Como saber que a higienização está sendo feita?
A solução por parte dos hospitais e clínicas é acompanhar, em tempo real, o período que os profissionais de saúde levam para lavar suas mãos através de sistemas de localização em tempo real (RTLS), que permitem serviços baseados em localização com tecnologia israelense da QUUPPA.
Na Europa e nos Estados Unidos, os hospitais estão testando formas para garantir a higiene das mãos de seus colaboradores. Alguns hospitais estão dando aos profissionais de saúde etiquetas que fornecem suas localizações e estão anexando etiquetas semelhantes a alavancas de desinfetantes e dispensadores de sabão, que mostram se estão sendo usadas:
“Um hospital em Denver, nos Estados Unidos, relatou que a taxa de adesão à higiene das mãos de base subiram de 40% para mais de 70%, que é o mesmo resultado positivo de outro hospital em Johnson City, Tennessee”.
Rotatividade dos centros cirúrgicos
Marcelo lembra que o rastreamento de colaboradores é apenas uma das maneiras pelas quais os serviços de localização estão sendo usados nos hospitais. O sistema é aplicado em objetos para garantir que eles passem por procedimentos de limpeza adequados entre uma cirurgia e outra.
A tecnologia ajuda a acompanhar os equipamentos que precisam ser movimentados de um centro cirúrgico até outro, passando pela higienização, agilizando o processo de rotatividade das salas de cirurgia:
“Os hospitais podem aumentar o volume de cirurgias. Entre uma cirurgia complexa e uma retirada de apêndice, existe um tempo que não pode ser desperdiçado, uma questão que pode ser de vida ou morte por alguns minutos” lembra Lonzetti.
Serviços de localização RTLS também aumentam a disponibilidade de leitos e quartos privados em hospitais lotados, melhorando a dinâmica e possibilitando ampliar o atendimento pós-cirúrgico, por exemplo.