Quando se fala em tecnologia na linha de produção imediatamente se conecta ao aumento da produtividade, mas outro assunto está cada vez mais entrando na mira dos gestores: a segurança dos colaboradores. Em um ambiente com muitos colaboradores circulando ao mesmo tempo, com caminhões e empilhadeiras se movimentando, e até mesmo reparos e adaptações na estrutura acontecendo simultaneamente – se não houver uma orientação constante, acidentes internos de trabalho podem acontecer.
Os números do Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção de Trabalho no Brasil (SIT), do Ministério do Trabalho, mostram que motoristas de veículos de carga e trabalhadores de cargas e descargas estão dentre as 10 ocupações com maior número de lesões registradas no país: são mais de 212 mil desde 2014, ocupando a terceira colocação no ranking de afastamentos do trabalho. Somente os motoristas foram vítimas em 117 mil acidentes nesse período, enquanto trabalhadores de cargas e descargas sofreram 94,7 mil.
Para Marcelo Lonzetti, Diretor Comercial da ztrax, o problema é capaz de parar uma operação inteira, gerar multas, atrasos e prejuízos, além de trazer danos para a integridade de colaboradores:
“Este é um dos motivos que faz a busca pela implementação de sistemas de localização em tempo real RTLS ter aumentado tanto. A possibilidade de setores monitorarem tanto a estrutura, como galpões, quanto cargas e demais equipamentos, proporciona maior controle e segurança nas operações”.
O que faz do RTLS tão eficiente para evitar acidentes?
São instaladas antenas chamadas de locators em áreas internas específicas que, com o uso de tags com sinalização sonora ou luminosa, além de um botão para emergências, fornecem todas as condições para gestores controlarem o que está acontecendo. É possível, por exemplo, fixar estes dispositivos em empilhadeiras ou veículos internos da operação para emitir alarmes sonoros ou luminosos em uma possível situações de perigo.
O gestor pode definir áreas inteligentes para monitorar entradas, saídas, permanência e ausência de equipes, por exemplo, e até mesmo a entrada de colaboradores e maquinários em áreas de risco, como as de passagem de veículos ou com circulação de empilhadeiras.
Ao falar sobre gestão completa em uma área logística, a primeira percepção era voltada para a produtividade, não atrasar entregas por algum gargalo temporário. Mas a preocupação com a integridade de colaboradores também entrou no radar:
“Quanto mais processos forem melhorados em áreas de staging para retirada de um material do estoque ou de picking, processo de separação e preparação de pedidos, com acompanhamento por parte do gestor em tempo real de colaboradores, empilhadeiras e pedidos, maior será a segurança da operação” completa o especialista